... Enquanto milhões de pessoas voltavam exaustos dos seus trabalhos, enfrentando engarrafamentos e esperando seus ônibus que nunca chegam, afinal, era a hora do rush no Rio de Janeiro. Lá fora, em outros lugares longe de nosso "bairrozinho", de nosso quarto, inúmeras coisas aconteciam enquanto nós enchíamos aqueles uniformes verdes de libido, de luxúria, de suor. Aquele momento me fez esquecer de cada rosto já visto, de cada boca já beijada. Sua voracidade em me ter era penetrante, impressionante. Nenhuma pessoa jamais me faria sentir aquilo. Morreria ali, mas renasceria para reviver cada detalhe daquela situação. Amor transbordando, misturado com um desejo intenso de um pelo outro e do desejo de prorrogar aquele instante. Ali, naquela cama, naquelas camisas fluorescentes, pude me redescobrir como sua e pude ser capaz de entender que daquele jeito eu seria eternamente feliz. Nós, acesos pela chama vinda de nossas entranhas misteriosas. Aquela chama que um dia nos fez querer viver juntos, aquele fogo que nos fez permanecer juntos e dessa mesma chama, dessa labareda louca, surgiu uma vontade de estar perto por mais 4 anos, mais 4, mais 4, mais 4... A partir de agora, sei que fui exilada do meu território para viver no seu, e de bom grado aceito essa condição...
Sobre...
Sou cheia de excessos por natureza, não parece pois me camuflo atrás dessa minha montanha de discrição e simplesmente não sou nada disso... Talvez por ser excessivamente cautelosa... Vivo no meu mundo com a mente cheia de excessos. Amo, amo, amo o mar, céu, cabelos, cores, leis, letras, músicas, filmes, cheiros, toques, distrações, risos e até minhas lágrimas... Só que, por Deus, sou tão excessiva que às vezes odeio tudo isso! Aah, não parece mas não sou nem um pouco normal! Essa minha montanha de discrição, me faz ser uma atriz, capaz de persuadir todos de uma coisa que não sou! Não tenho nada de discreta, sensata e nem calma! Nem santa! Nem tão sagaz! Sou lasciva, bem devassa nos meus sonhos... Beeeeeem excessiva! Ultrapasso os limites ordinários... Os meus limites ordinários, os seus, os deles e por aí... Vai!
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