Excessivamente

Excesso: s.m. Quantidade a mais, o que excede os limites ordinários...

Essa semana que passou foi marcada de rios de lágrimas que sempre desaguavam em cataratas raivosas de dor.

Preciso mudar. Meu coração ainda dói.
E não é pouco.
Não me aceito como sou. Não concordo comigo.
Sei que nada justificará, mas meu peito e minhas entranhas tão precocemente assassinadas conseguem entender um pouco do que faço e tudo mais.

Hoje, estou feliz, bem feliz. Mas não estou como antigamente, há 1 mês atrás em que tudo em nosso relacionamento estava quase perfeito. E agora, a gente apenas leva.
É estranho pensar em tudo o que passou há menos de 2 semanas e atualmente agimos como se nada estivesse acontecido. Como se nada estivesse sido dito.
Preciso estar mais comigo do que nunca.
Mas sei que não vou esquecer o que passou.
Eu sei.


Yesterday I got lost in the circus
Felling like such a mess
Now I'm down I'm just hanging on the corner
I can't help but reminisce
When you're gone all the colors fade
When you're gone no New Year's Day parade
You're gone
Colors seem to fade...


Colors - Amos Lee




Passei a ser muito emocional.
Não gosto disso.

Pessoas românticas quase sempre não são realizadas, pois o romantismo não é natural do ser humano. Só é natural do meu seu, só do meu ser.

"Eu quero que penses em mim do jeito que penso em você. Quero que sonhe junto. Quero que beije junto, abrace junto, goze junto. Quero olhares, dizeres. Quero poemas em baixo da lua. Quero beijos em baixo da chuva. Quero abraços com vontade, sexo com vontade. Quero que VOCÊ faça plantas de casa, planos para viagem. Não quero mais querer, não. Não quero mais pedir, implorar, suplicar. Não quero mais chorar. Não. Não quero. Não quero sua falta de tato, sua despreocupação tola em relação ao meu pobre e desmazelado coração. Sou feita de carne, osso e muito mais. Mais do que só carne, só osso...
Sou feita de nuvem. Quase invisível de tão sensível. Muitas vezes leve, mas quase sempre triste, pesada, negra. E com todo esse peso a nuvem chora. Ás vezes chora tempestuosamente, às vezes chora timidamente. E você não vê. Você, sempre protegido pelo seu teto de aço não escuta as dores da nuvem. Não escuta nem suas tempestades, quanto mais suas garoas. E eu, quase sempre definhando com o peso dos trovões e raios que sou obrigada a trancar dentro das entranhas macias de minha estrutura quase imaginária. Quase invisível de tão sensível.
Estou farta de querer, de sentir dor. Perder o sono. Perder a fome. Perder a paciência.
Perder você. Que vai embora. Que escorre como areia fina pelos meus dedos marcados com suas digitais. Aquelas que só deixas marcadas quando queres. Quando esporadicamente me desejas.
E assim, com toda essa dor e mágoa, que eu vou desistindo de você. E isso mata. Aos poucos, mas mata.

Queria ser como você.
Frio, cauteloso, limitado.
Não quero mais chorar, sofrer e sentir dor. Não quero mais ser o coração.
Preciso acreditar em mim.
Estou desistindo de você.
Cabe a você desistir de mim de vez, ou ser capaz de não deixar que eu desista de você.


Bom, meu lindo sobrinho nasceu e a alegria está no ar...


Bem-vindo João Pedro, titia te ama!