Excessivamente

Excesso: s.m. Quantidade a mais, o que excede os limites ordinários...

Casamento, é uma instituição, onde se adquire e forma-se um novo núcleo familiar, para que esse núcleo tenha direitos e seja identificado como uma célula protegida pelo Estado.

Aí entramos em um outro conceito, que é o da família, as pessoas pensam que duas pessoas se casam porque se amam (pode ser), ou porque são interesseiras (pode ser também... rs), mas não, duas pessoas se casam porque resolvem somar suas forças na construção de uma coisa maior, a família. O problema atual, se encontra no individualismo, tanto masculino como feminino, mas o ser humano é um ser gregário, quer ter gente por perto, quer pertencer a algo.

Você está criticando, não a instituição casamento, mas sim o despreparo de uma forma geral que as pessoas apresentam hoje para compartilhar suas vidas com outra pessoa, antes a mulher era preparada para ser a dona do lar, e o homem o mantenedor, hoje com esses papéis de certa forma obsoletos, acha-se que o casamento perdeu o sentido, mas não perdeu, o sentido do casamento é unir-se a alguém para construir um núcleo familiar, um lugar para se pertencer.

...Definitivo, como tudo o que é simples.

Nossa dor não advém das coisas vividas

mas das coisas que foram sonhadas

e não se cumpriram


Por que sofremos tanto por amor?


O certo seria a gente não sofrer

apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana

que gerou em nós um sentimento intenso

e que nos fez companhia por um tempo razoável,

um tempo feliz


Sofremos por quê?


Porque automaticamente esquecemos

o que foi desfrutado e passamos a sofrer

pelas nossas projeções irrealizadas,

por todas as cidades que gostaríamos

de ter conhecido ao lado do nosso amor

e não conhecemos,

por todos os filhos que

gostaríamos de ter tido junto e não tivemos

por todos os shows e livros e silêncios

que gostaríamos de ter compartilhado

e não compartilhamos

Por todos os beijos cancelados

pela eternidade


Sofremos não porque

nosso trabalho é desgastante e paga pouco,

mas por todas as horas livres

que deixamos de ter para ir ao cinema,

para conversar com um amigo,

para nadar, para namorar.


Sofremos não porque nossa mãe

é impaciente conosco,

mas por todos os momentos em que

poderíamos estar confidenciando a ela

nossas mais profundas angústias

se ela estivesse interessada

em nos compreender.


Sofremos não porque nosso time perdeu,

mas pela euforia sufocada


Sofremos não porque envelhecemos,

mas porque o futuro está sendo

confiscado de nós,

impedindo assim que mil aventuras

nos aconteçam,

todas aquelas com as quais sonhamos e

nunca chegamos a experimentar


Como aliviar a dor do que não foi vivido?


A resposta é simples como um verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!


A cada dia que vivo,

mais me convenço de que o

desperdício da vida

está no amor que não damos,

nas forças que não usamos,

na prudência egoísta que nada arrisca,

e que, esquivando-se do sofrimento,

perdemos também a felicidade.


A dor é inevitável.

O sofrimento é opcional.






Carlos Drummond de Andrade