Deitada, inquieta. Estou aqui pensando nas coisa que eu vivi, no que não vivi e em tudo que poderia ter vivido. A vida não é mais a mesma (nunca é), porém eu gostaria muito que houvesse ao menos a possibilidade de ser como era antes. Viver aquilo tudo que era bom seria o ideal agora. Sabe, eu era feliz demais na época em que virava a madrugada ouvindo músicas, vendo os outros beberem, falando e ouvindo altas besteiras, curtindo cada segundinho de minha juventude. Naquela época a gente se deleitava em qualquer lugar, se curtia aonde quer que fosse. E eu me satisfazia em apenas vê-lo, ao menos vê-lo. Era assim pois nosso tempo era curto, contudo era só nosso. Hoje o tempo é ainda mais dedicado a variadas coisas e consequentemente, ainda mais curto. Só que nossas exigências são maiores. Queremos muito mais um do outro, um ao outro. A falta que ele me faz é perturbadora, mesmo tendo ele aqui dormindo ao meu lado (com suas feições nada angelicais, mas que para mim traz a maior paz do mundo), mesmo tendo passado algumas horas boas com ele hoje. Mesmo assim já não me contento, sinto a falta dele só pra mim e disposto a estar "só para mim". O tempo anda virando meu inimigo, andando rápido quando não tem que andar, girando lento quando deveria ser mais ágil. Nisso vou descobrindo que odeio relógios. Os ponteiros me atrapalham, e nisso recorro ao relógio digital e esse já me parece ainda mais lento quando deve ser rápido. Agora estou aqui, só. Não totalmente, mas estou só por uma escolha, feita biologicamente por meu corpo, que me faz ter insônias indesejadas. Sozinha, imagino como nosso amor é grande, tão gigante que não cabe no nosso tempo. A aliança já não me tem grande serventia, apenas me deixa mais desesperada e esse desespero de alcançar a tal¹ me persegue como sombra, insistindo em deixar "cinzas" nos meus dias que antes eram tão coloridos. Agora, minhas horas ficam desbotadas... Minhas horas não passam, ou passam, sei lá. Só sei que não conseguem agir da forma que deveriam. Só não consigo tirá-lo² de mim, não consigo. Mas será que deveria? Um amor desse... (?) Só o tempo vai dizer, mas ele não está querendo colaborar comigo.
¹-liberdade
²- Ele
Sobre...
Sou cheia de excessos por natureza, não parece pois me camuflo atrás dessa minha montanha de discrição e simplesmente não sou nada disso... Talvez por ser excessivamente cautelosa... Vivo no meu mundo com a mente cheia de excessos. Amo, amo, amo o mar, céu, cabelos, cores, leis, letras, músicas, filmes, cheiros, toques, distrações, risos e até minhas lágrimas... Só que, por Deus, sou tão excessiva que às vezes odeio tudo isso! Aah, não parece mas não sou nem um pouco normal! Essa minha montanha de discrição, me faz ser uma atriz, capaz de persuadir todos de uma coisa que não sou! Não tenho nada de discreta, sensata e nem calma! Nem santa! Nem tão sagaz! Sou lasciva, bem devassa nos meus sonhos... Beeeeeem excessiva! Ultrapasso os limites ordinários... Os meus limites ordinários, os seus, os deles e por aí... Vai!
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