Passei a ser muito emocional.
Não gosto disso.
Pessoas românticas quase sempre não são realizadas, pois o romantismo não é natural do ser humano. Só é natural do meu seu, só do meu ser.
"Eu quero que penses em mim do jeito que penso em você. Quero que sonhe junto. Quero que beije junto, abrace junto, goze junto. Quero olhares, dizeres. Quero poemas em baixo da lua. Quero beijos em baixo da chuva. Quero abraços com vontade, sexo com vontade. Quero que VOCÊ faça plantas de casa, planos para viagem. Não quero mais querer, não. Não quero mais pedir, implorar, suplicar. Não quero mais chorar. Não. Não quero. Não quero sua falta de tato, sua despreocupação tola em relação ao meu pobre e desmazelado coração. Sou feita de carne, osso e muito mais. Mais do que só carne, só osso...
Sou feita de nuvem. Quase invisível de tão sensível. Muitas vezes leve, mas quase sempre triste, pesada, negra. E com todo esse peso a nuvem chora. Ás vezes chora tempestuosamente, às vezes chora timidamente. E você não vê. Você, sempre protegido pelo seu teto de aço não escuta as dores da nuvem. Não escuta nem suas tempestades, quanto mais suas garoas. E eu, quase sempre definhando com o peso dos trovões e raios que sou obrigada a trancar dentro das entranhas macias de minha estrutura quase imaginária. Quase invisível de tão sensível.
Estou farta de querer, de sentir dor. Perder o sono. Perder a fome. Perder a paciência.
Perder você. Que vai embora. Que escorre como areia fina pelos meus dedos marcados com suas digitais. Aquelas que só deixas marcadas quando queres. Quando esporadicamente me desejas.
E assim, com toda essa dor e mágoa, que eu vou desistindo de você. E isso mata. Aos poucos, mas mata.
Queria ser como você.
Frio, cauteloso, limitado.
Não quero mais chorar, sofrer e sentir dor. Não quero mais ser o coração.
Preciso acreditar em mim.
Estou desistindo de você.
Cabe a você desistir de mim de vez, ou ser capaz de não deixar que eu desista de você.
Sobre...
Sou cheia de excessos por natureza, não parece pois me camuflo atrás dessa minha montanha de discrição e simplesmente não sou nada disso... Talvez por ser excessivamente cautelosa... Vivo no meu mundo com a mente cheia de excessos. Amo, amo, amo o mar, céu, cabelos, cores, leis, letras, músicas, filmes, cheiros, toques, distrações, risos e até minhas lágrimas... Só que, por Deus, sou tão excessiva que às vezes odeio tudo isso! Aah, não parece mas não sou nem um pouco normal! Essa minha montanha de discrição, me faz ser uma atriz, capaz de persuadir todos de uma coisa que não sou! Não tenho nada de discreta, sensata e nem calma! Nem santa! Nem tão sagaz! Sou lasciva, bem devassa nos meus sonhos... Beeeeeem excessiva! Ultrapasso os limites ordinários... Os meus limites ordinários, os seus, os deles e por aí... Vai!
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